O primeiro grande estudo que avaliou o consumo de um suplemento alimentar à base de flavonoides de cacau para testar os efeitos a longo prazo na saúde cardiovascular apresentou resultados promissores. Mais de 21 mil participantes (idade média de 72 anos) foram randomizados e controlados por placebo por cerca de 3 anos e meio.
Uma parte recebeu uma cápsula de 500 mg de flavonoide de cacau por dia e outra, um suplemento multivitamínico padrão; parte não recebeu nenhum dos dois e parte recebeu os dois comprimidos. Os dados indicam que as pessoas que fizeram uso desse suplemento regularmente tiveram um risco 27% menor de morte por algum evento cardiovascular (como infarto ou acidente vascular cerebral, por exemplo) em comparação com aqueles que não tomaram o suplemento. Os resultados do estudo foram publicados no American Journal of Clinical Nutrition.
“Os flavonoides são um grupo muito grande de substâncias presentes nos alimentos de origem vegetal [grão verde do café, nas folhagens de cor verde, na maçã, uva, cebola, no chá verde, coentro, cebolinha, no chocolate amargo, entre outros alimentos], mas ainda não são considerados nutrientes essenciais para a saúde. Mas vários estudos têm sido feitos para comprovar os seus benefícios e para que ele seja considerado um nutriente”, afirmou a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein.
REDUÇÃO DE MORTES
Nenhum dos dois suplementos avaliados, no entanto, conseguiu evitar que a pessoa desenvolvesse um problema cardiovascular (a redução foi de 10% entre os que consumiram os suplementos de flavonoide de cacau, valor estatisticamente não relevante, de acordo com os pesquisadores).
Mas, quando os cientistas olharam o desfecho morte após ter sofrido um evento cardiovascular, os cientistas notaram que os voluntários que receberam o suplemento à base de flavonoide de cacau tiveram uma taxa de morte cardiovascular 27% menor do que os outros participantes. Na consideração à aderência ao consumo dos comprimidos (uso regular), a redução no risco de morte foi ainda maior: 39% entre os que tomaram flavonoide de cacau.
SUPLEMENTOS
Apesar de os testes usarem um suplemento originado do cacau, os pesquisadores ressaltam que essa não foi uma pesquisa para avaliar o consumo de chocolate, já que não seria possível ingerir os níveis avaliados sem adicionar açúcar à dieta do participante. Quanto mais amargo o chocolate, maior o teor de cacau e de flavonoides.
“Os flavonoides são um grupo muito grande de substâncias presentes nos alimentos de origem vegetal, mas ainda não são considerados nutrientes essenciais para a saúde. Mas vários estudos têm sido feitos para comprovar os seus benefícios e para que ele seja considerado um nutriente”, afirmou a nutricionista Serena del Favero, do Hospital Israelita Albert Einstein.
A pesquisa recebeu o nome de Cosmos e foi conduzida por pesquisadores da Divisão de Medicina Preventiva da Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos. Os autores ressaltam que é preciso mais estudos para confirmar os resultados.
com informações do Metrópoles
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