O laboratório de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO – UFRJ), o NetLab, identificou os maiores propagadores de desinformação da tragédia no Rio Grande do Sul. O estudo avaliou notícias falsas e negacionistas sobre as doações, as iniciativas do governo federal e a crise climática.
A pesquisa observou postagens do dia 27 de abril (começo das chuvas e alagamentos no RS) ao dia 10 de maio. E mapeou as principais informações falsas, além dos principais influenciadores, políticos, plataformas e narrativas compartilhadas pelos usuários.
Os pesquisadores observaram que o influenciador digital e ex-pré-candidato à presidência em 2022, pelo PROS, Pablo Marçal e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estavam entre os maiores disseminadores da desinformação. Assim como Marçal, o filho 03 do ex-presidente afirmou que o governo federal impediu a entrada de caminhões com doações ao RS.
Apesar da refutação dessa notícia, o deputado insistiu que a esquerda e a Globo estavam disseminando notícias falsas ao tentar “ocultar a realidade” do bloqueio de doações. O fato foi desmentido por todos os grandes veículos de comunicação que estão cobrindo a situação diariamente. “É difícil de entender que em um momento de tamanha fragilidade, que pessoas se escondam em suas telas produzindo conteúdos que sabem ser mentirosos para que tenham algum tipo de ganho político ou econômico”, disse o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta (PT-RS).
Os maiores propagadores de desinformação, segundo o NetLab:
Pablo Marçal, empresário e influenciador digital
Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PL/SP)
Cleitinho Azevedo, senador (Republicanos/MG)
Michele Dias Abreu, influenciadora digital cristã
Leandro Ruschel, empreendedor e influenciador de direita
Victor Sorretino, médico influenciador
com informações da Revista Fórum
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