Estudantes baianos ganharam às ruas de Salvador, na manhã desta terça (18), para realizar uma manifestação contra o bloqueio de R$ 475 milhões do orçamento deste ano destinado às universidades e institutos federais, pelo governo Bolsonaro. O ato, que tem caráter nacional, saiu do Campo Grande até a Praça Castro Alves.
O presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), uma das organizadoras da manifestação, Natan Ferreira, se se mostrou favorável às políticas públicas criadas nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma. “Foi o Fies, o Prouni, as cotas, enfim, programas que garantiam que a universidade se popularizasse. Bolsonaro desde o início tem anunciado cortes. Ele não gosta de ver jovens negros como eu estudando”, disse.
Segundo o secretário político da União da Juventude Comunista (UJC), João Aguiar, as ruas devem permanecer cheias durante todo o ano. “É preciso esquentar o clima das ruas para que a derrota de Bolsonaro não seja só eleitoral”, disse o militante, se referindo às consequências que os estudantes correm o risco de sofrer independentemente das eleições.
Entre as reivindicações imediatas nas instituições de ensino superior público, estão o aumento do valor das bolsas de pesquisa e a reabertura dos restaurantes universitários. “Bolsonaro é o maior inimigo da educação. Dia 22, estaremos nas ruas novamente, a partir das 9h, no Campo Grande, em um ato das mulheres contra o fascismo”, alegou a militante da União da Juventude Rebelião (UJR), Louise Ferreira.
O presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB), Pedro Lucas Ferreira, disse também enxergar que a defesa da educação só será possível com a derrota de Bolsonaro e mobilização popular. “Desde o dia 6 estamos transformando as ruas em salas de aula”, pontua. Para a presidente nacional da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), Angela Guimarães, além de reivindicarem melhorias na educação, os atos se tornam uma oportunidade de defender outros direitos.
com informações do A Tarde
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