Fruto de origem asiática e cultivado comercialmente na Bahia, principalmente em Una, Ilhéus, Camamu e Ituberá, além do Pará, o rambutan serviu para uma descoberta importante de estudantes do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Campus Catu. Eduarda Mainah, Vinícius de Jesus, Helena Menezes e Ester da Conceição descobriram que as cascas do fruto podem ser aproveitadas na produção de biofilme, um tipo de polímero desenvolvido a partir de materiais biodegradáveis.
As pesquisas e o processo de fabricação estão em fase de finalização e já demonstram resultados positivos. “Os experimentos confirmaram que frutos conservados com o biofilme produzido a partir do extrato da casca do rambutan conseguem aumentar o tempo de prateleira em mais de 12 dias fora da geladeira, sem perder os nutrientes e a qualidade do alimento”, diz Saulo Capim, orientador do projeto.
O produto tem baixo custo de fabricação e pode ser utilizado na indústria de embalagens plásticas. “Os biofilmes possuem ação antioxidante e contra diversos tipos de bactérias que contribuem para degradação de alimentos. O produto apresenta várias vantagens econômicas, dentre elas o custo de produção, que é muito baixo, tendo em vista o quantitativo de alimentos que são desperdiçados no mundo. E custa cerca de R$ 0,47 centavos para dimensões de 24 cm²”, afirma o orientador, ressaltando que deverá abrir uma startup e levar o produto para o mercado de embalagens no país.
As professoras Cassiane da Silva e Alexandra Souza são co-orientadoras do projeto que tem apoio do IFBaiano, através do edital da Pró-reitoria de Pesquisa da instituição e uma bolsa de iniciação científica para ensino médio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
com informações do governo estadual
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