Coincidência ou não com a aproximação das eleições e a queda de popularidade do presidente, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) resolveu reabrir as investigações do caso da facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira contra o então candidato Jair Bolsonaro.
Nesta quarta (3), o tribunal derrubou a decisão que impedia o retorno de investigações a respeito do episódio ocorrido na campanha eleitoral de 2018. No julgamento, os desembargadores decidiram caçar a liminar que proibia, entre outros aspectos, a quebra do sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que atuou na defesa de Adélio.
Também será retomada a investigação para apurar a existência de supostos mandantes do atentado. Poderão ainda ser analisadas imagens de câmeras de segurança de um hotel frequentado pelo advogado e documentos que poderiam trazer elementos novos ao caso, segundo o TRF-1, como livros-caixa e comprovantes de pagamento de honorários e do telefone do advogado.
NÃO HOUVE MANDANTES
a Polícia Federal (PF) concluiu, por duas vezes, que não houve mandantes do atentado e que Adélio Bispo agiu sozinho. Mas, Bolsonaro e seus seguidores ainda alegam que deveria ser apurado quem pagou os honorários dos advogados.
Adélio está recolhido no presídio federal de Campo Grande, desde junho de 2019. Ele foi absolvido pela justiça por sua condição psiquiátrica, mas continua preso por ser considerado pessoa de alta periculosidade e sua liberdade poderia representar perigo a terceiros.
Com informações da Revista Fórum
Compartilhe no WhatsApp
Comments