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Especialistas consideram remota a possibilidade de tsunami em Salvador

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Após a repercussão sobre a possibilidade de uma tsunami atingir Salvador (LEIA AQUI), a Defesa Civil (Codesal) procurou ouvir quem entende do assunto. Dois especialistas acreditam não ter base científica a suposição de o litoral brasileiro ser atingido por grandes ondas por conta de atividade vulcânica nas Ilhas Canárias, como noticiado.

Situado no noroeste da África, o arquipélago está distante 6.061 km do Brasil e vem registrando um aumento da atividade sísmica no entorno do vulcão, indicando possibilidade de erupção nos próximos dias.

“Para que ocorresse um tsunami de grande magnitude, isso no pior dos cenários, seria necessário que, em função da atividade vulcânica, parte do arquipélago escorregasse para o mar, o que geraria uma onda de grandes proporções que se propagaria para o oceano”, avalia o titular do departamento de Oceanografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia, professor José Maria Landim Domiguez.

Segundo ele, trata-se de especulação supor que um tsunami ocorreria, pois não é a atividade vulcânica que gera o fenômeno, mas o deslocamento do solo. “A divulgação de notícias deste teor só serve para gerar pânico. A costa de Salvador já registrou ondas de três metros, sem o registro de catástrofes, e o Porto da Barra fica em uma região abrigada pela Baia de Todos os Santos”, afirmou.

Para o meteorologista da Codesal, Giuliano Carlos Nascimento, a ocorrência de tsunamis tem relação com o deslocamento de placas tectônicas, sendo que não há condições propícias para o fenômeno, caso ocorra, atinja Salvador. “Os países latino-americanos, situados na costa do Oceano Pacífico, a exemplo do Chile, têm maior probabilidade de serem atingidos pelo fenômeno”, disse.

Com informações do Bahia Econômica

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