A onda de ameaças e ataque à escolas está preocupando a sociedade, no Brasil e, também, na Bahia. Na semana passada, a população baiana entrou em estado de pânico após a disseminação de diversos ataques à escolas no estado. O que tem em comum? O uso das redes sociais como ferramenta para a organização de supostos atentados e também para a proliferação do terror na população.
Especialista na utilização da internet, João Senna, que é pesquisador com bolsa de pós-doutorado no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD) e mestre em Comunicação e Culturas Contemporâneas na Universidade Federal da Bahia, falou ao site Bahia Notícias sobre o fenômeno.
Senna explicou que a internet tem sido utilizada de duas formas diferentes: para a criação do estado de pânico na população; e para a disseminação de diversos ataques para maquiar os verdadeiros atentados planejados. Também afirmou que há uma certa correlação entre a comunidade de jogos eletrônicos com os fóruns de organizações de atentados.
“O clima de pânico é interessante para eles porque elas acreditam que isso é bom. Algumas pessoas estão fazendo isso de brincadeira, porque acham isso divertido, mas outras pessoas podem achar que tem ganho político nisso, e outras querem fomentar atentados de verdade. Existe uma forte ligação desse pessoal com a cultura dos jogadores de games, você tem uma certa finalidade da criação desses grupos e você teve de alguma maneira o crescimento desse submundo perto desse tipo de comunidade”, enfatizou.
PREVENÇÃO
Sobre prevenção contra futuros ataques nas escolas brasileiras, o pesquisador disse que é preciso a criação de um grupo de inteligência para realizar as investigações de imediato, alinhado com um investimento no desenvolvimento social.
“Você precisa de um trabalho de inteligência, você precisa de acompanhamento de grupos de interesse. Então a comunidade de inteligência precisa estar dentro desses grupos de alguma maneira, com agentes infiltrados. Isso é um problema global, a ideia, principalmente, de que os homens jovens estão sentindo cada vez menos esperança, que acham que o mundo não tem lugar para eles e por isso seria preciso se vingar. Você precisa construir um lugar para essas pessoas e dar espaço para elas”, defendeu.
com informações e foto do Bahia Notícias
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