Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, escritor e historiador especializado em extrema direita, João Cezar de Castro Rocha entende que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está participando de uma ação orquestrada para tentar um golpe. Ele fez a afirmação no UOL Entrevista (assista ao final), explicando que o silêncio do presidente, após a derrota na eleição, faz parte de uma estratégia para criar caos social.
“O silêncio do Bolsonaro é uma ação orquestrada para tentar o golpe. Quem acompanha as redes do bolsonarismo, como eu, viu que a partir das 19 horas do domingo essa ação começou a ser orquestrada. Quando a virada do Lula se solidificou, começou uma série de posts de convocação com 3 sentidos: não abandonar grupos bolsonaristas, ocupar as redes sociais e produzir manifestações que permitissem lançar mão do artigo 142. Então o silêncio do presidente não é omissão. É parte de uma ação orquestrada. Há vídeos que circulam em que policiais dão apoio aos golpistas dizendo precisamos resistir por 72 horas. A intenção é que se produza caos social e pânico”, explicou o historiador.
João Cezar apontou que dois deputados eleitos recentemente participam da ação nas redes sociais. “Não quero deixar de dar nomes. Há 2 deputados: Nikolas Ferreira (PL) e Gustavo Gayer (PL). Desde que a derrota se tornou irreversível eles começaram uma campanha abjeta de produção de pânico social nas redes, com vídeos falsos. A estratégia é produzir caos consolidado durante 72 horas para dar chance de Bolsonaro recorrer ao artigo 142”.
O especialista também afirmou que o movimento é apoiado por poucas pessoas e explicou que toda a ação é financiada. “O núcleo do movimento é obviamente de pessoas financiadas. Eu aposto que tem caminhões vazios usados só para obstruir rodovias. Claro que aparece um movimento orgânico, mas é insignificante”. ASSISTA:
com informações do UOL
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