Cerca de 79,3% (quase oito em cada dez) das famílias estavam endividada no mês de setembro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Entre quem recebe menos de dez salário mínimos, a taxa superou 80% pela primeira vez (80,3%), o maior patamar da série histórica da Peic.
“É possível verificar que a melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já contraídas”, observa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
A inadimplência também subiu. O volume de consumidores que atrasaram o pagamento de dívidas atingiu 30%, o maior desde o início da Peic, e 4,5% maior quando comparado ao mesmo mês de 2021. A maioria (85,6%) dos endividados relata ter atrasos no cartão de crédito. Em seguida, vêm as dívidas nos carnês de loja, que representam 19,4%, e as no cheque especial, que são 5,2%.
No varejo, o perfil dos endividados mostra uma divisão clara entre os públicos feminino e masculino. As mulheres são as mais endividadas no cartão de crédito e no cheque especial, atualmente. Nas demais modalidades de dívida, como carnês de loja, crédito pessoal, financiamento de carro e casa ou crédito consignado, por exemplo, o público masculino é mais numeroso, superando o feminino.
com informações do iG
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