Quem achou que o presidente Jair Bolsonaro iria baixar o tom, viu mais raiva em seus discursos nesse 7 de Setembro. Em São Paulo, o chefe do Executivo chegou a chamar o ministro do STF Alexandre de Moraes de “canalha” e disse que não vai cumprir decisões do Supremo. Ainda fez a sua nova ameaça: convocar o Conselho da República.
“Amanhã estarei no Conselho da República juntamente com ministros, para nós, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos devemos ir”, disse. Ao contrário do que afirmou, o presidente do STF não integra o órgão.
Esse colegiado está previsto na Constituição Federal. É formado pelo vice-presidente da República, o presidente da Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Federal, líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados e do Senado, o ministro da Justiça. Tem ainda mais 6 cidadãos brasileiros, com mais de 35 anos de idade, todos com mandato de 3 anos: dois são nomeados pelo presidente, dois são eleitos pelo Senado Federal e os outros dois pela Câmara dos Deputados.
O Conselho da República se reúne quando for convocado pelo presidente e tem função de se pronunciar sobre “intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio” e “as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas”.
RESUMO DA ÓPERA – Enquanto aumentam assustadoramente o desemprego, pobreza, energia elétrica, gasolina e gás de cozinha, o presidente da República concentra sua energia em falar de voto impresso (vencido no Congresso), armar pessoas e conflitar o tempo todo com ministros do STF e do TSE. Acusa autoridades de outros poderes de atacarem a democracia enquanto pratica abertamente atos antidemocráticos. Ao acontecer tudo ao mesmo tempo em que despenca sua popularidade, revela atitude típica de desespero político.
Com informações da CNN Brasil, UOL e G1
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