O empresário da Bahia Estevão de Borba Avillez aparece entre os personagens citados no inquérito da Polícia Federal (PF) da venda ilegal de joias que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele é um dos diretores da Go Daddy, maior registradora de domínio do mundo, embora não apareça no quadro de dirigentes na página na internet. Apesar de residir no Canadá, Avillez tem como endereço declarado um apartamento do Conjunto dos Bancários, no Stiep, em Salvador.
Estevão é cunhado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do esquema de vendas de joias e relógios de alto valor oferecidos de presente para o Brasil pelo governo da Arábia Saudita. O empresário aparece 15 vezes nas páginas do inquérito. Em trecho do relatório da PF, constam cinco folhas de papel escritas à mão apreendidas na casa do pai de Cid, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Nos escritos tem o endereço residencial do empresário no Canadá como destino de remessas não identificadas pelos investigadores.
Segundo a PF, Avillez fez parte da lista de 73 autoridades, amigos e parentes que visitaram Mauro Cid no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, para onde foi levado preso, por envolvimento no caso das fraudes de cartões de vacinação contra a covid-19. Ele também fazia parte do “GT Mauro Cid”, grupo de WhatsApp criado pelo tenente-coronel e composto por dois advogados responsáveis pela defesa do militar: Bernardo Fenelon e Raíssa Frida Isac.
O relatório não inclui Estevão de Borba Avillez na lista de indiciados pela venda das joias e nem cita provas de que ele teria participado do esquema. Mas, a ação feita para ocultar provas por meio de diálogos mantidos com ele e apagados nos aplicativos de trocas de mensagem despertou suspeitas dos investigadores sobre o possível envolvimento seu no caso.
com informações do Metro1
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