Organizador de uma das caravana de apoiadores do presidente Bolsonaro no 7 de Setembro, o empresário do Mato Grosso Carlos Longo afirmou em áudio que uma intervenção militar, nos moldes do golpe de 1964, pode ser “a única solução”. A informação é do portal RD News.
O bolsonarista detalhou as reivindicações do grupo de 200 empresários que o acompanham: “A troca dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), não fechar o Supremo, mas a substituição deles. Tem que rodar todo mundo. A questão do voto auditável, o povo não vai abrir mão, tem que ressuscitar ele”.
Segundo Longo, o “estopim” que deve acabar com a estabilidade democrática no Brasil deve ser a decisão sobre a tese do marco temporal (demarcação de terras indígenas), que está sendo julgada pelo STF.
“O que vai pegar fogo é a questão do marco temporal. Se votarem contra, aí quebrou o país e o Bolsonaro vai fazer aquilo que o povo quer, que é a intervenção militar. MT perdeu quase 5 milhões de hectares de lavoura, daí fica inviável para o agronegócio, que é quem está sustentando o país. Aí a única solução para o presidente Bolsonaro é a intervenção militar, não tem outro jeito”, diz em tom de ameaça.
Mostrando confusão, o empresário não vê a defesa de uma intervenção militar como incoerência em um regime democrático e acredita que 90% da população apoia. As críticas seriam apenas “da imprensa esquerdista” e de senadores e deputados que estariam “mamando no sistema”. Sobre o Supremo, ele classifica os ministros como “todos petistas e da Dilma” e afirma que o presidente foi eleito e os ministros não.
Com informações do Metrópoles
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