A Justiça do Trabalho condenou a Sisalândia Fios Naturais a pagar R$ 1 milhão por comprar sisal produzido com o uso de trabalho análogo ao de escravos. A obrigação consta de decisão obtida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em ação civil pública movida contra a empresa beneficiadora.
Trata-se de um marco na luta contra o trabalho escravo na cadeia produtiva do sisal, fibra natural extraída artesanalmente de um cacto, em um processo perigoso e responsável por muitas mutilações. A Sisalândia recorreu da decisão.
A empresa comercializa sua produção para mercados dos Estados Unidos, Europa, África e Ásia. O setor de sisal no Brasil, maior produtor dessa fibra no mundo, movimentou R$282 milhões em 2020.
Os auditores-fiscais do trabalho que realizaram a operação em 2020 relataram que o rendimento individual era de menos de R$ 400 mensais, além de estarem submetidos a condições de trabalho precárias, sem acesso a sanitários, água potável nem equipamentos de proteção.
com informações do Bahia Econômica
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