Engenheiro ambiental e gerente técnico da Emasa, João Bitencourt contesta os dados apresentados pela ONG Repórter Brasil no relatório do Mapa das Águas. “Na época, quando recebemos os resultados que apontavam a presença dos ácidos haloacéticos acima dos padrões permitidos, solicitamos a repetição das análises. A contraprova indicou que o nível estava dentro dos padrões permitidos que é de 0,08mg/l”, atesta.

Os dados levantados pela Ong constam no Mapa das Águas, através do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde, nos anos de 2018 e 2020. O estudo apontou que, no período, foram detectados duas substâncias (ácidos haloacéticos e metamidofós) na água fornecida à saúde da população de Itabuna que proporcionariam riscos à saúde.

Bitencourt rejeita, também, o ponto referente ao nível do metamidofós, cujos resultados detectados pelo laboratório do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) contratado pela Emasa, constatou resultado abaixo do limite de detecção do método utilizado.

“Em relação ao agrotóxico metamidofós, as análises realizadas pelo Senai, entre 2018 e 2020, estávamos dentro dos padrões da época, que era de 12µg/l e a nossa analise encontrou resultado menor que 10µg/l, conforme a Portaria de Consolidação nº 5, anexo XX, do Ministério da Saúde. A alteração ocorreu pela Portaria 888, do próprio Ministério, de 4 de maio de 2021, permitindo o valor máximo de 7µg/l”, afirma o gerente técnico da Emasa.

com informações da Emasa