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Em ato político, Jairo Araújo denuncia prática do Carrefour

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Esta terça (30) foi dia de protestos em várias cidades do Brasil contra a medida perversa do Carrefour, de fechar lojas e demitir em massa, na Bahia e outros estados. Em Salvador, o SintraSuper comandou a manifestação, que teve como grande marca a solidariedade de várias entidades sindicais, como a FEC Bahia, além da deputada federal Alice Portugal (PCdoB).

Com um minitrio faixas, bandeiras e cartazes, dirigentes sindicais de várias categorias expressaram solidariedade ao SintraSuper e aos trabalhadores, além de criticarem o grupo francês.

Dirigente dos Comerciários de Itabuna e presidente da FEC Bahia, Jairo Araújo lembrou que a propaganda milionária da empresa na mídia esconde absurdos. “É uma perversidade o que esse grupo está fazendo contra os baianos e trabalhadores que dedicaram parte da sua vida para o desenvolvimento desta empresa, que vem pra cá e arrasa com as economias locais e os pequenos negócios. Comprou um concorrente para eliminar a concorrência. A FEC está firme com os sindicatos nessa luta”, afirmou.

A presidenta do SintraSuper e da CTB Bahia, Rosa de Souza, reforçou as críticas. “Se o Carrefour pensa que aqui na Bahia é igual nos países em que atua, onde busca isolar os sindicatos. Esse ato é a nossa resposta inicial a sua política de reestruturação. A empresa terá que dizer ao Sindicato e ao Ministério do Trabalho como será o futuro das lojas que ainda permanecem abertas. Não vamos permitir que uma empresa estrangeira aja dessa forma desumana, observando apenas o lucro. Agradecemos a solidariedade dos sindicatos de outras categorias que estão aqui ao nosso lado”, disse Rosa de Souza, presidenta do SintraSuper e da CTB Bahia.

APOIOS IMPORTANTES

As falas alternadas mostraram unidade em torno da necessidade de mecanismos para proteger a economia. Alice Portugal reforçou a crítica ao capital estrangeiro nos países em desenvolvimento. “Compra empresas e vendem a qualquer momento. Levantam a ‘lona do circo’ e deixam o povo com cara de palhaço. O poder público e as empresas nacionais devem impedir esse tipo de ação. O Carrefour deve respeitar a Bahia e os baianos. Vamos levar essa luta de vocês para a Câmara Federal”, enfatizou.

Em nome da CTB Bahia, o vice-presidente Emanoel Souza reforçou a importância do poder público impedir ações predatórias na economia. “A Central está solidária com o SintraSuper e os funcionários do Carrefour. Entendemos que os governos federal e estadual devem ter uma posição frente a essa situação. O Brasil está em reconstrução e a economia reage bem, mas tem que se proteger as empresas nacionais e os empregos dos brasileiros”, frisou.

Participaram do ato os dirigentes: Hermelino Neto (Presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe); Ivanilda Brito (Presidenta do Sindsaúde Bahia); Jerônimo Júnior (gabinete da deputada estadual Olívia Santana); Reginaldo Oliveira (Comerciários de Salvador); Roberto Santana e Alberto Evangelista (Sindibeb); Grassa Felizola (Bancários); Cherry Almeida (União Brasileira de Mulheres); Lucineide Sampaio (Sinposba/Frentistas); José Carlos (presidente dos Comerciários de Lauro de Freitas); Sirlene Assis (Grupo Tortura Nunca Mais); e Aurino Pedreira (Federação dos Metalúrgicos da Bahia.

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