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Eleitores brasileiros aumentam no exterior e Itamaraty reduz locais de votação

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Mesmo com o número de eleitores brasileiros ter aumentado em 40%, o Itamaraty reduziu o número de locais onde eles poderão votar nas eleições presidenciais em outubro. Sob o argumento de que consultas foram realizadas com consulados do país no exterior, o governo optou por cancelar a organização de seções.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve um aumento expressivo no eleitorado brasileiro fora do país, em comparação a 2018. Em 2022, serão 697.078 eleitoras e eleitores aptos a votar no exterior, 40% a mais. É praticamente o dobro dos eleitores brasileiros em 2014, quando 354 mil se cadastraram para votar.

Mesmo assim, a decisão do governo foi por reduzir os locais de votação, em comparação ao que existia em 2018. Ao UOL, o Itamaraty explicou que, nas eleições presidenciais há quatro anos, foram abertas 33 seções de votação em municípios diferentes das cidades onde estão sediadas as Embaixadas e Consulados brasileiros. Isso serviu para “facilitar a cidadãos que residem em localidades distantes das sedes das repartições diplomáticas ou consulares o exercício de seus direitos cívicos. Das 33 “seções fora da sede” realizadas em 2018, 22 foram abertas pela primeira vez”, explicou a chancelaria.

BRASILEIROS INDIGADOS

Em alguns locais, a decisão sem consulta aos brasileiros no exterior gerou duras críticas. Pessoas que moram na região do Vêneto, no norte da Itália, por exemplo, estão indignados com o cancelamento da zona eleitoral de Veneza/Mestre. Agora terão que enfrentar uma longa viagem até Milão, onde se localiza o consulado, para poder exercer o direito ao voto.

Camila Moura tem 44 anos, é artesã, vive em Asolo, na província de Treviso, região do Vêneto há 20 anos, e é uma brasileira que não vai votar. Para ela, foi muita falta de consideração com os brasileiros que moram distantes de Milão. “Eles não sabem o quanto é difícil economicamente para muita gente se deslocar”.

Indignados, um grupo de brasileiros lançou uma campanha online pedindo que “a situação seja repensada e que as instituições levem em conta, em nome da inclusão, as mais diversas situações familiares, com várias pessoas de uma mesma família votantes e incluindo o voto dos jovens filhos de brasileiros no exterior que com orgulho desejavam exercitar esse primeiro ato cívico”.

com informações do UOL

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