A vitória de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos deixa o mundo sob expectativas sombrias. Extremista de direita, ele alcançou 277 votos no Colégio Eleitoral, superando os 270 necessários para assumir o cargo em 20 de janeiro. E pode ser o primeiro candidato republicano, desde George W. Bush em 2004, a vencer os democratas no voto popular.
Especialistas já apontaram que o principal fator se concentrou em dois pontos: o fraco governo de Joe Biden, refletido na economia ruim (alta da inflação e aumento do desemprego), e sem dar resposta para o problema dos imigrantes (reforçando o pensamento de xenofobia na população norte-americana).
Trump ainda terá maioria na Câmara dos Representantes, no Senado, nos governadores e na Suprema Corte. É o caminho aberto para implementar seu projeto sem freios institucionais. A margem expressiva de sua vitória simboliza um grande fracasso para o partido Democrata e erros nas pesquisas, que apontavam para uma liderança de Kamala Harris no voto popular e em pelo menos dois dos cinco estados decisivos.
PRIMEIROS REFLEXOS NO BRASIL
Antes mesmo da vitória de Donald Trump, parlamentares bolsonaristas buscaram fortalecer grupos de extrema-direita no continente e programaram uma visita aos EUA. Segundo o site Carta Capital, deputados e senadores brasileiros enviaram uma carta de alerta ao Congresso norte-americano, sobre os riscos desse ato. Assinam o documento os deputados Henrique Vieira (PSOL-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Rafael Brito (MDB-AL) e Rogério Correia (PT-MG) e os senadores Eliziane Gama (PSD-MA) e Humberto Costa (PT-PE).
A carta foi encaminhada por meio do Instituto Vladimir Herzog e foi direcionada a deputados democratas dos Estados Unidos que investigaram os ataques ao Capitólio de 2021. Havia, inclusive, expectativas de que, se Donald Trump vencer as eleições, Jair Bolsonaro ganharia apoio na tentativa de blindá-lo na Justiça brasileira, para disputar as próximas presidenciais no Brasil.
A viagem da delegação de parlamentares bolsonaristas teria o objetivo de formar diálogos dos parlamentares do PL e de partidos aliados ao Partido Republicano. Informações divulgadas por jornais norte-americanos é que, caso vencesse as eleições, Trump dedicaria financiamento especial aos grupos extremistas na América Latina.
GRIFO DA REDAÇÃO – Um novo cenário se projeta, mais complexo e muito mais difícil, exigindo ações coordenadas dos partidos de esquerda, dos movimentos sociais e do sindicalismo nos países que precisam avançar em políticas para fortalecer a democracia e gerar desenvolvimento econômico com valorização do trabalho, ampliação dos direitos e inclusão social.
com informações do g1 e Carta Capital
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