A CPI da Pandemia tem documentos que revelaram como o blogueiro Allan dos Santos, acusado de disseminar fake news, conseguiu financiamento do empresário bolsonarista, Luciano Hang, dono da Havan. E ainda teve ajuda do filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL). A CPI apurou que políticos, empresários e sites usaram a rede de disseminação de fake news — conhecida como “gabinete do ódio”.
Quem teve acesso a documentos da CPI foi a TV Globo. A comissão afirma que Eduardo Bolsonaro trabalhou para conseguir financiadores para o grupo. Há uma troca de mensagens entre Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Allan dos Santos de janeiro de 2019, que é investigado em dois inquéritos no STF que apuram disseminação de fake news, ameaças a autoridades e financiamento de atos antidemocráticos.
Segundo a Polícia Federal, nas mensagens, Allan pede que Eduardo Bolsonaro o ponha em contato com Luciano Hang. A CPI também teve acesso a uma conversa entre o blogueiro e o empresário. Depois de procurado por Allan, Hang responde: “Eduardo Bolsonaro me falou que conversou contigo”.
A CPI convocou Luciano Hang para depor na próxima quarta (29). “O que nós concluímos e identificamos na Comissão Parlamentar de Inquérito é a existência de uma verdadeira organização criminosa de fake news que teve papel determinante no agravamento da pandemia. Veja, essa organização criminosa começa a se articular e se constituir a partir de 2019, e, na pandemia, para reforçar o discurso negacionista do presidente da República e do seu governo”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Com informações do G1
Compartilhe no WhatsApp
Comments