Como era de se esperar, a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos mostrou que o mundo terá muita turbulência. Ele tomou posse nesta segunda (20), assumindo seu segundo mandato aos 78 anos e sendo o primeiro a reassumir o cargo após ser condenado por crimes federais. O discurso foi acompanhado por cerca de 600 pessoas, entre elas o grupo de bilionários que incluiu o dono do X, Elon Musk, o da Meta, Mark Zuckerberg, e o fundador da Amazon, Jeff Bezos.
A cerimônia contou com a presença de todos os ex-mandatários vivos: Joe Biden, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama. “Eu, Donald John Trump, juro solenemente que exercerei fielmente o cargo de presidente dos Estados Unidos e que, no melhor das minhas capacidades, preservarei, protegerei e defenderei a Constituição dos Estados Unidos”, recitou.
Depois, Trump discursou e prometeu ‘colocar a América em primeiro lugar’. “A era de ouro da América começa agora. Daqui em diante, nosso país florescerá e será respeitado novamente em todo o mundo. Seremos a inveja de todas as nações e não nos permitiremos mais ser aproveitados durante todos os dias do governo Trump”, afirmou.
Sem noção da liturgia do cargo, mesmo na presença de Biden, o republicano criticou seu antecessor referente à incapacidade na administração da segurança nas fronteiras e outras crises que ocorreram sob seu mandato. “Agora temos um governo que não consegue administrar nem mesmo uma simples crise em casa, ao mesmo tempo em que tropeça em um catálogo contínuo de eventos catastróficos no exterior. Ele falha em proteger nossos magníficos cidadãos americanos cumpridores da lei, mas fornece santuário e proteção para criminosos perigosos, muitos de prisões e instituições mentais que entraram ilegalmente em nosso país de todo o mundo”, disse Trump, acusando a gestão Biden de ter financiado “ilimitadamente” a defesa de fronteiras estrangeiras, mas não do próprio país.
DECRETOS DE REPRESSÃO
Em tom agressivo, Trump declarou que começará “a restauração completa da América” ao assinar uma série de ordens executivas que imporão políticas anti-imigração em todo o país. “Primeiro, declararei uma emergência nacional em nossa fronteira sul. Toda entrada ilegal será imediatamente interrompida e iniciaremos o processo de devolução de milhões e milhões de estrangeiros criminosos de volta aos lugares de onde vieram. Vamos restabelecer minha política de ‘permanecer no México’”, explicou Trump, acrescentando que irá “acabar com a prática de pegar e soltar”, enviando tropas para a fronteira sul “para repelir a desastrosa invasão de nosso país”.
O presidente lamentou que os EUA tenham “tolamente dado” o Canal do Panamá ao Panamá, ao afirmar que a estrutura foi construída com “mais dinheiro do que jamais gastaram” e que custou a vida de 38 mil pessoas. Nesse sentido, prometeu que retomará o canal de volta aos EUA. “Acima de tudo, a China está operando o Canal do Panamá. E não demos para a China. Nós o demos ao Panamá e estamos pegando de volta”, disse. Vale lembrar que no início de janeiro, durante uma coletiva em Mar-a-Lago, Trump não negou que estaria disposto a usar a força militar para retomar o canal.
GANÂNCIA DO PETRÓLEO
Donald Trump mostrou que não vai aceitar tratados globais para a transição energética, anunciando que seu governo vai retirar, pela segunda vez, os EUA do Acordo Climático de Paris, desafiando os esforços globais para combater o aquecimento global. É um duro golpe para a cooperação internacional destinada a reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
“A América será uma nação manufatureira mais uma vez, e temos algo que nenhuma outra nação manufatureira jamais terá: a maior quantidade de petróleo e gás de qualquer país da Terra. E vamos usá-la. Reduziremos os preços, encheremos nossas reservas estratégicas novamente até o topo e exportaremos energia americana para todo o mundo”, disse.
com informações do Brasil de Fato e Portal Vermelho
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