Além de prender militares, a Polícia Federal apreendeu documentos nos quais militares golpistas falam em assassinar, em dezembro de 2022, o presidente eleito Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Segundo a jornalista Andréia Sadi, o plano foi discutido na residência do general Braga Netto, em 12 de novembro daquele ano. O encontro foi confirmado pelo general Mauro Cid, braço direito de Bolsonaro que se tornou colaborador da Justiça, e reforçado por materiais apreendidos com o general Mario Fernandes, preso nesta terça (19).
De acordo com reportagem do g1, trechos do documento constam na representação enviada pela PF ao Supremo Tribunal Federal, que embasou a prisão de quatro militares do Exército e um policial federal nesta terça-feira. A PF diz que, “considerando todo o contexto da investigação, o documento descreve um planejamento de sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes”.
No trecho final, os golpistas falam que também levantaram informações sobre outros alvos possíveis, identificados por codinomes: Jeca – que, segundo a PF, faria referência a Lula; Joca – que, também segundo a PF, seria Geraldo Alckmin; e Juca – que a PF ainda não conseguiu identificar.
Ainda segundo a PF, o material foi encontrado em um dispositivo eletrônico do general de brigada Mário Fernandes – descrito como “um dos militares mais radicais” e influente nos acampamentos golpistas montados após a derrota de Jair Bolsonaro na eleição de 2022. No intitulado “Planejamento Punhal Verde Amarelo”, os militares listam uma série de “demandas” operacionais e logísticas para concluir os planos. E indicam as “condições de execução” – ou seja, as circunstâncias que permitiriam, de fato, executar as autoridades.
Os investigadores da PF apontam pontos de coincidência entre o planejamento descrito no documento e o evento “Copa 2022”, em que militares chegaram a se posicionar nas ruas de Brasília para tentar sequestrar Alexandre de Moraes. O plano previa o emprego dos kids pretos (tropa de elite do Exército) mas, foi abortado antes de qualquer contato com o ministro do STF.
com informações do g1
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