Logo após a Anvisa aprovar o uso da vacina CoronaVac em crianças, na tarde de quinta (20), diretores do órgão começaram a receber ameaças e ofensas em seus e-mails institucionais.
Em um deles, uma pessoa que se identifica como Nilza acusa os funcionários da agência de colocarem “vida inocentes numa grande roleta russa”. E diz que servidores da agência serão vítimas de uma “maldição”: “(…) o preço a ser pago será terrível não quero estar na sua pele e oro a Deus em desfavor de todos que tem causado dor e sofrimentos ao seu próximo, lembre se o próximo pode ser dentro de sua família (sic.)”
Em outro e-mail, o remetente acusa os servidores da agência de falta de “amor à pátria” e também diz que “o preço que o servidor vai pagar será altíssimo”. “Com certeza não usará esse experimento nós filhos e netos de vcs” (sic.)”.
Coincidência ou não, logo depois da live semanal do presidente Jair Bolsonaro (PL), de 16 dezembro, técnicos e diretores da Anvisa têm sofrido ameaças e perseguições, por e-mails e nas redes sociais, por causa da atuação da agência na vacinação infantil. Ao todo, os funcionários da agência já receberam mais de 300 e-mails ameaçadores.
Naquel dia, o presidente ameaçou divulgar os nomes dos técnicos que aprovaram a vacina contra Covid da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. “Não sei se são os diretores e o presidente que chegaram a essa conclusão ou é o tal do corpo técnico, mas, seja qual for, você tem o direito de saber o nome das pessoas que aprovaram aqui a vacina a partir dos cinco anos para o seu filho”, disse Bolsonaro.
Com informações de O Globo
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