Na próxima terça (8), Dia Internacional da Mulher, enfermeiros e enfermeiras de todo o Brasil vão protestar e exigir o piso nacional da categoria. Com o lema “Lute com a enfermagem”, profissionais de Itabuna reforçam o ato convocado pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv) e pela CTB Regional Sul. A concentração acontece a partir das 8h, na Praça Adami.
Segundo a presidenta do Sindserv e vereadora Wilma Oliveira (PCdoB), “o objetivo é acelerar a aprovação do Projeto de Lei (PL nº 2.564/2020), de autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES)”, que estabelece o salário-base de R$ 4.750 para jornada de 30 horas semanas para os enfermeiros. Para os técnicos, é previsto é 70% desse valor: R$ 3.325,00. E para os auxiliares de enfermagem e parteiras, é 50%: R$ 2.375,00.
Vários sindicatos, também, estarão em Brasília para protestar contra a demora na aprovação do piso. No final de novembro, a proposta foi aprovada por unanimidade no Senado. Mas, o texto encontra obstáculos na Câmara dos Deputados, onde a resistência de empresários da saúde e do governo Bolsonaro fez com que a medida fosse retirada de pauta.
A presidenta da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Shirley Morales diz que caravanas de diversas partes do país irão pressionar. “A mobilização, que o pessoal chama de ‘esquenta’, neste momento, vai ser mais para chamar a atenção tanto da mídia como da sociedade para as pautas da enfermagem, para as condições de trabalho que estamos vivendo, para inclusive já preparar para a possibilidade de um movimento de paralisação geral”, afirma a dirigente, sinalizando que a cobrança da categoria pode subir de temperatura.
DESVALORIZAÇÃO
De acordo com cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 85% dos técnicos, por exemplo, ganham menos que o piso fixado pelo PL. As categorias se queixam de falta de valorização pelo mercado de trabalho e destacam que, muitas vezes, a política salarial adotada pelos empregadores não chega à metade do que está sendo proposto no projeto.
Com informações do Sindserv Itabuna e da CTB
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