Os fiéis católicos do padre Robson Oliveira, ex-reitor do Santuário Basílica de Trindade (GO), devem estar assustados e orando muito. Primeiro, o religioso admitiu em áudio ser “chefe da quadrilha” de “crime organizado”, sendo pivô de escândalo por suposto desvio de dinheiro de doação de fiéis. Agora, pode se tornar alvo de duas frentes de investigação por uma série de crimes atribuídos a ele.

Nas próximas semanas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgará o pedido de prisão preventiva contra o padre, protocolado pela Polícia Federal (PF). O religioso ainda é alvo do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), que luta para destrancar na Corte outra investigação contra ele.

No inquérito da PF, Robson é investigado por suposto pagamento de propina a magistrados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para que o favorecessem em processo sobre compra de fazenda em Abadiânia, a 90 km de Goiânia. Ele é acusado de usar doações de fiéis para negociar fazendas, casa na praia e avião.

O Ministério Público tenta destrancar a investigação no TJGO contra o padre por falsidade ideológica, corrupção de policiais, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e crimes tributários, entre outros.

Procurada pelo Metrópoles, a defesa de Robson Oliveira não se manifestou. Na última terça (23), o advogado Cléber Lopes disse à reportagem que aguardava a decisão sobre o pedido de prisão preventiva e esperava que o ministro Benedito Gonçalves, do STJ, não acatasse o pedido da Polícia Federal.

Com informações do Metrópoles