Dados do Atlas da Mata Atlântica, divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que a Bahia registrou uma redução de 57% no desflorestamento em 2023, comparado ao mesmo período de 2022. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) isso confirma o compromisso do governo estadual com políticas prioritárias voltadas para a conservação deste bioma.
A Mata Atlântica na Bahia está distribuído nas regiões da Chapada Diamantina, Oeste, Litoral Norte, Baixo Sul, Sul e Extremo-sul. O documento mostra ainda a diminuição do desmatamento em grande parte dos 17 estados com incidência do bioma, a Bahia está entre os que mais se destacaram de forma positiva, ao lado de Minas Gerais (57%), Paraná (78%) e Santa Catarina (86%).
Titular da Sema, Eduardo Martins, destaca como uma das medidas o lançamento, em 2023, do Bahia +Verde, programa que norteia ações transversais de desenvolvimento sustentável, que incluem metas rigorosas voltadas à preservação de todos os biomas do estado, em especial a mata atlântica. “Os números demonstram que as medidas adotadas para intensificar a fiscalização e o monitoramento ambiental estão surtindo resultados significativos. Sabemos dos desafios e que ainda temos um caminho a percorrer até alcançarmos uma das prioridades deste Governo, a meta zero de desmatamento ilegal no estado”, disse.
De acordo com o Inema, foram realizadas ações estratégicas, com o uso de tecnologias para monitorar a cobertura vegetal e subsidiar as fiscalizações. Além de atividades para fortalecer e consolidar modelos de gestão integrada e participativa das unidades de conservação (UC), com foco na proteção do patrimônio natural, cultural e histórico dos territórios.
TECNOLOGIA
Para fortalecer o monitoramento florestal, o Inema ampliou a área de abrangência e trabalhou na modernização do Programa Harpia, uma ferramenta de sensoriamento remoto. Ele realiza a coleta e a análise de imagens adquiridas por diferentes satélites e faz o cruzamento com as demais bases de dados do Instituto, como o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir).
O diretor de Fiscalização Ambiental do Inema, Eduardo Topázio, falou sobre as operações realizadas periodicamente, utilizando o apoio do sensoriamento remoto do Programa Harpia e de plataformas nacionais como o MapBiomas e o Deter. “Foram realizadas no último ano, operações robustas, como exemplo as denominadas Mata do Guará, Porto Sul e Harpia, percorrendo as áreas determinadas no Mapa de Aplicação da Lei da Mata Atlântica (11.428/06), contemplando também áreas de preservação permanente (APP) e reservas legais (RL). Com as imagens de satélite conseguimos analisar a movimentação natural da vegetação dos últimos anos e verificar a interferência tanto de corte como de plantio de outras espécies”.
com informações da Sema
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