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Desigualdade eleitoral: mulheres candidatas são minoria e recebem menos recursos

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Foto: O Globo / Pablo Jacob

Além de serem o momento de maior democracia em uma sociedade, as eleições também podem revelar as desigualdades de gênero. Segundo o IBGE, as mulheres são 52% da população brasileira. E segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), elas representam a maioria do nosso eleitorado. São mais de 81,8 milhões de eleitoras, representando 52,47% do total, ante 47,51% dos homes (74,1 milhões de eleitores).

Essa maioria feminina tem sido ignorada na hora da disputa do espaço de poder político, neste caso, as prefeituras e as câmaras municipais. Nas eleições de domingo (6), elas seguem minoria entre candidatos, bem como pretos e indígenas.

Além de serem minoria das candidaturas, as mulheres recebem uma fatia ainda menor do orçamento dos partidos. Homens são cerca de 60% dos candidatos, mas recebem mais de 70% dos recursos. Do total de 456.310 candidaturas registradas, 155 mil são de mulheres e 301.310 são de homens. Desses totais por gênero, 74.355 são mulheres não negras, 80.645 mulheres negras, 159.942 homens negros e 141.368 homens não negros. Vale lembrar que a Lei das Eleições (9.504/97) exige 30% de candidaturas femininas por partido.

O problema fica ainda maior quando se fala na disputa das prefeituras, com apenas 15% de candidatas e presentes apenas em 35% das cidades. Já os homens, dominam o cenário com presença em 98% dos municípios. A luta das mulheres já alcançou avanços, pois esse percentual de candidatas dobrou nos últimos 20 anos. Neste ano, 101 municípios contarão com candidaturas exclusivamente femininas, sendo 24 chapa única.

com informações da TVT News 

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