Logo após o pedido de demissão do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, deputados aproveitaram a sessão desta segunda (20) para criticar a política de preços da estatal, que é trelada aos preços internacionais. Detonaram, também, a atuação do governo federal, que tem voto majoritário no conselho da empresa e é responsável pela indicação do presidente da petroleira.
O deputado Enio Verri (PT-PR) avaliou que a saída de Coelho não afetará a decisão de subir os preços. “O preço do combustível hoje não está ligado de maneira nenhuma à administração da Petrobras. A política de preços de paridade internacional nada mais é do que uma política indicada pelo presidente da República e pelo seu ministro da Economia, Paulo Guedes”, criticou.
Já Célio Moura (PT-TO), disse que os parlamentares já sabiam que projetos votados no Congresso para diminuir impostos dos combustíveis não teriam efeito no preço ao consumidor diante da política de preços. “Mesmo votando a favor, sabíamos que baixar os impostos dos estados não iria funcionar”, declarou.
RESPONSÁVEL E OMISSO
Para Fábio Trad (PSD-MS), o governo é o responsável pela crise. “Quem escolhe o presidente da empresa e a maioria do conselho deliberativo é a Presidência da República. Portanto, de nada adianta mudar o presidente da estatal, de nada adianta mudar a maioria do conselho deliberativo. É preciso mudar a política da formação de preços dos combustíveis”, disse.
O deputado Professor Israel Batista (PSB-DF), afirmou que o presidente tem sido omisso na busca de soluções. “O presidente tenta se desvincular do problema e cria um verdadeiro teatro”, criticou, lembrando que que apenas Bolsonaro poderia propor alternativas, como a criação de um fundo de estabilização de preços; criação de um teto de preços; adoção de estoques reguladores, além conceder estabilidade política ao País para que o real se valorize diante do dólar.
com informações do iG
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