Depois de mentir, Frederick Wassef (advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro) confirmou a jornalistas que viajou aos Estados Unidos, entre 14 e 29 de março. para comprar o famoso Rolex. Segundo a Polícia Federal (PF), o relógio havia sido desviado do acervo da União e vendido para uma loja de penhoras na Pensilvânia, pelo general Mauro Lourena Cid, pai Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Wassef afirmou que queria realizar a devolução do relógio e que não agiu sob ordens do tenente-coronel Mauro Cid. Ele disse que a viagem já estava marcada, que foi organizada para fins pessoais e o relógio comprado com seus próprios recursos. Ao final, ironizou as notícias que apuraram se tratar de uma recompra: “E se esse relógio for outro?”.
“Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando comprei o relógio era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União. Fiz o relógio chegar ao governo. O governo do Brasil me deve R$ 300 mil”, declarou irônico.
MENTIRA E RECIBO
Acontece que, dois dias antes da coletiva, o blog da Andrea Sadi, no g1, publicou entrevista em que o advogado diz exatamente o contrário, que nunca tinha visto o Rolex. “Nada. Nunca vi esse relógio. Nunca vi joia nenhuma. Desafio a provarem isso. Falo e garanto”, disse o advogado que, na ocasião revelou que só daria explicações sobre a viagem aos EUA em uma entrevista ao vivo, como a dessa data.
As investigações mostram que o nome de Wassef aparece nos recibos de recompra do relógio Rolex de ouro branco, cravejado de diamantes. O produto havia sido vendido pela Organização Criminosa de Bolsonaro na loja Precision Watches, na Pensilvânia (Estados Unidos). O documento faz parte da investigação da quadrilha que vendeu joias recebidas por Bolsonaro em viagens oficiais no Oriente Médio.
com informações da Revista Fórum
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