Mais uma promessa não cumprida do presidente Jair Bolsonaro prejudica quem ganha menos no Brasil. Um estudo do Sindifisco Nacional, que representa os auditores-fiscais da Receita Federal, mostrou que a defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e o aumento da inflação no Brasil tem gerado um aumento histórico da tributação sobre a população com menor poder aquisitivo.
A simulação mostrou que uma pessoa que recebe R$ 5.000, após deduções, paga atualmente R$ 505,64 de imposto. Se toda a defasagem fosse corrigida, esse valor cairia para R$ 24,73 – uma diferença de quase 2.000%.
Se houvesse o reajuste, apenas pessoas que ganham acima de R$ 4.670,23 deveriam pagar IRPF. Ou seja, mais cerca de 12,75 milhões de brasileiros estariam isentos do pagamento, totalizando 23,84 milhões. Atualmente, a isenção é dada apenas a quem ganha até R$ 1.903,98.
De acordo com a simulação, o reajuste entre os contribuintes mais ricos, que ganham R$ 100 mil ao mês, a diferença percentual entre corrigir ou não a tabela seria bem menor, de cerca de 5%. A diminuição do imposto pago seria dos atuais R$ 26.630,64 para R$ 25.352,85.
com informações do Sindifisco Nacional
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