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Crise no Inep pode prejudicar Enem e ministro deve ser convocado

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A demissão em massa de 33 servidores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) fez o presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado federal Professor Israel, pedir à Comissão de Educação da Câmara que convoque do ministro Milton Ribeiro e o presidente do Instituto, Danilo Dupas.

Segundo os servidores, o pedido de demissão se deu pela má gestão de Dupas. O fato pode impactar negativamente não só o Enem, mas repasses de verbas para escolas públicas.

“A administração do Dupas elevou o Inep a uma deterioração muito rápida, a uma profunda crise de confiança entre os servidores e a gestão, a ponto de que agora dezenas de servidores renunciaram a seus cargos de confiança. O ENEM está ameaçado, mas não só ele. Outras avaliações importantes e a produção de dados que baseiam as políticas públicas em educação no Brasil também estão ameaçadas”, afirmou Israel

Segundo Lucas Hoogerbrugge, líder de relações governamentais do Todos pela Educação, o exame, que é considerado a principal porta de entrada do ensino superior, é apenas a “ponta do iceberg” do problema.

“Essa demissão em massa é um sintoma da doença que está acontecendo dentro do Inep e atinge o órgão como um todo. Essa crise tem condições de fragilizá-lo”, disse Hoogerbrugge. O Inep, autarquia ligada ao MEC (Ministério da Educação), é responsável por estudos e avaliações educacionais.

PREJUÍZOS FUTUROS

Um servidor do Inep disse que as entregas de cargos podem ocasionar, suspensão na compilação dos dados ou até mesmo divulgação de informações incorretas. A Diretoria de Tecnologia da Informação está sem chefe desde o mês passado e é responsável por fazer boa parte desses levantamentos e cruzamentos.

Servidores ouvidos pelo UOL, afirmaram que algumas das pessoas que entregaram ontem seus cargos fariam parte de um comitê de crise, chamado de Etir (Equipes de Incidentes e Resposta). Essa equipe fica responsável por resolver imprevistos que podem acontecer durante a realização do Enem e do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) —exame usado para avaliar cursos do ensino superior e que será aplicado no próximo domingo (14).

O portal apurou que um dos exonerados, por exemplo, tinha a tarefa de acompanhar a empresa terceirizada para a aplicação da prova, para fiscalizar se seriam cumpridos os requisitos e termos acordados em contrato. Também há servidores que ficariam responsáveis pela base de dados das notas dos participantes do Enem. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a falta de coordenação poderia prejudicar a divulgação dos resultados, que acontece no ano seguinte.

Com informações do UOL e CNN Brasil

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