José Mauro Coelho pediu demissão da presidência da Petrobras nesta segunda (20), deixando, também, o Conselho de Administração da companhia. O anúncio foi feito quase um mês após o executivo começar a ser pressionado pelo próprio governo diante reajuste no preço de combustíveis.
A Petrobras informou que o atual diretor executivo de Exploração e Produção da companhia, Fernando Borges, será o presidente interino até que o substituto seja eleito e empossado.
Terceiro executivo a comandar a estatal no governo Jair Bolsonaro (PL), José Mauro Coelho ficou no cargo por 68 dias. Esse foi o segundo menor período de gestão da empresa desde o fim da ditadura militar.
PRESSÃO
A saída de Coelho era aguardada desde o dia 23 de maio, quando o Ministério de Minas e Energia anunciou que seria realizada a troca. Na ocasião, a pasta alegou que “diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos”.
Os dois executivos que antecederam José Mauro na presidência da Petrobras – Roberto Castello Branco e o general Joaquim Silva e Luna – também deixaram o comando da estatal por pressão do governo, em função da alta de preços dos combustíveis.
RESUMO DA ÓPERA – A maior empresa brasileira, que está sob as ordens do presidente da República, vivencia uma crise causada pelo próprio governo. Com isso, as ações da estatal caem na Bolsa. São três gestores em menos de quatro anos. Jair Bolsonaro e Paulo Guedes são os grandes responsáveis por essa situação. Pois mantiveram a política de preços da Petrobras adotada em 2016 pelo governo Michel Temer: de paridade internacional, com os preços dos combustíveis levando em consideração a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e, também, as oscilações do dólar.
com informações do G1
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