A Bahia está servindo de referência sobre cooperativas da agricultura familiar, para o Brasil e outros países. Vieram conhecer a experiência representantes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) de Moçambique, país africano, e da Secretaria de Agricultura do Pará. Eles participam de um intercâmbio com as cooperativas apoiadas pelo Governo do Estado, através da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
Em visita à Cooperativa de Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), em Ribeira do Pombal, os visitantes conheceram o processo de produção, beneficiamento e comercialização da castanha de caju e seus derivados. A Cooperacaju se destaca pelo investimento em infraestrutura e assistência técnica. Com recursos da ordem de R$ 5,8 milhões, ela beneficia cerca de 750 famílias, em 21 municípios, modernizando suas operações e garantindo o crescimento sustentável da produção.
Na Cooperativa dos Apicultores de Ribeira do Pombal (Cooarp), a comitiva debateu os métodos de produção e beneficiamento de mel, além das estratégias de comercialização adotadas pela cooperativa. A Cooarp conta com 268 apicultores familiares e tem se consolidado como uma das principais fornecedoras de mel na Bahia, atuando nos mercados nacional e internacional. Com um investimento de R$ 3,8 milhões, a cooperativa ampliou as instalações e profissionalizou a produção, garantindo acesso a mercados cada vez mais exigentes.
APRENDIZADO
O secretário de agricultura familiar do Pará, Cassio Pereira, destacou o aprendizado. “A Bahia é uma referência quando se fala em agricultura familiar. É impressionante ver como as políticas públicas têm dinamizado a economia local, especialmente através da agroindustrialização e do cooperativismo. A experiência que estamos adquirindo aqui certamente será valiosa para replicarmos em nosso estado”, afirmou.
A coordenadora dos projetos do FNDS, Felicidade Briocha também reforçou a importância do intercâmbio. “Viemos para a Bahia para aprender como o estado tem promovido o desenvolvimento sustentável. O que levamos daqui é um modelo de apoio estruturado, que fortalece cooperativas e associações, especialmente de mulheres. A experiência de ver como essas políticas públicas estão empoderando as mulheres é algo que desejo implementar em Moçambique”, frisou.
com informações da CAR
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