Famílias de agricultores familiares do Nordeste recebem, nesta sexta (2), 31 máquinas vindas da China, fruto de um acordo de cooperação internacional entre o país asiático e o Consórcio Nordeste. Fazem parte do colegiado a Universidade Agrícola da China (CAU), a Associação Internacional para a Cooperação Popular (AICP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Associação de Fabricantes de Máquinas Agrícolas e o governo federal, por meio do programa Mais Alimentos.
As primeiras máquinas vão para o Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão e Ceará. O ato será na Unidade Demonstrativa Brasil-China de Cooperação em Desenvolvimento Agrícola, em Apodi (RN) e prevê a realização de uma visita ao campo de demonstração das máquinas chinesas.
O acordo foi assinado em setembro de 2022 e visa fortalecer a cadeia da produção de alimentos, que inclui maquinários, com benefícios diretos para a agricultura familiar. Inclui pesquisa e desenvolvimento, fabricação e comércio de máquinas agrícolas, tecnologia e equipamentos de processamento de produtos, educação e treinamento em mecanização, entre outros projetos considerados de interesse mútuo na área agrícola.
Na China, cerca de 87% da agricultura camponesa é mecanizada, enquanto que no Brasil, esse número não chega a 13%. No Nordeste, região com o maior número de famílias camponesas, o acesso aos maquinários é ainda menor, não chegando a 3%.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Esse intercâmbio entre Brasil e China foi consolidado em 2023, no primeiro ano do governo Lula (PT), e tem como objetivo desenvolver a mecanização na agricultura familiar e áreas de reforma agrária, incrementando a produção de alimentos que dispensam o uso de agrotóxicos.
O acordo prevê que as máquinas serão testadas durante um período quanto à sua adaptação às necessidades da produção em território nacional. E que no futuro passem a ser fabricadas no Brasil.
com informações da Rede Brasil Atual
Compartilhe no WhatsApp
Comments