De acordo com informações da colunista do GLOBO, Malu Gaspar, o economista e consultor Adriano Pires informou, nesta segunda (4), que não irá ocupar o cargo de presidente da Petrobras, após ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). O site Brasil de Fato mostrou que ele também mantém empresas fantasmas (LEIA AQUI).
O consultor só descobriu depois de aceitar o cargo que a estatal não permite que seus executivos tenham parentes comercialmente ligados a concorrentes e parceiros comerciais. E para assumir a presidência da petroleira, Pires estava passando as ações da consultoria para o filho, Pedro.
Da mesma forma, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, também indicado por Bolsonaro para o conselho de administração da empresa, mas desistiu. Os dois possuem conflitos de interesses que poderiam afastá-los dos cargos.
O empresário e sócio de distribuidoras de gás, Carlos Suarez, que é também amigo de décadas de Rodolfo Landim, é cliente de Pires. Além dele, Pires presta serviços para associação do setor (Abegás), da Compass, concessionária de gás do empresário Rubens Ometto, e diversas outras empresas do setor.
ASSUSTOU O GOVERNO
A colunista informa que relatórios da Diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras sobre o histórico de Pires e de Landim assustou o governo, principalmente o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O Ministério Público entrou com pedido de liminar junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para impedir que o consultor Adriano Pires assuma o comando da Petrobras antes que seja feita uma investigação “em profundidade” por parte das autoridades competentes para apurar eventual conflito de interesse.
Na representação, o subprocurador-geral Lucas Furtado destaca que Pires é dirigente de uma empresa de consultoria, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que presta serviço a várias empresas do setor de óleo e gás há mais de 20 anos. Também afirma que o economista mantém relações econômicas com empresas que se relacionam com a Petrobras e com suas concorrentes internacionais como as americanas Chevron e Exxon Mobil e a britânica Shell.
com informações do IG
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