Mais um escândalo envolvendo o governo Bolsonaro e a Procuradoria-Geral da República (PGR) está agitando Brasília. O chefe da PGR Augusto Aras cometeu uma gafe comprometedora em seu WhatsApp: vazou uma conversa que deveria ser sigilosa em seus status do aplicativo, uma ferramenta semelhante aos stories do Instagram, onde o usuário compartilha alguma imagem, vídeo ou mensagem para todas as pessoas que têm o seu número salvo e vice-versa.
A conversa vazada era com o advogado do ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi intimado a ser ouvido em um inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB). O tema era a possível dispensa do chefe da equipe econômica do governo de depor à Polícia Federal. Os textos foram excluídos por Aras na noite de quarta (25), minutos após a publicação.
Procurada pelo jornal Folha de São Paulo, a PGR disse que Aras recebeu o pedido de audiência com o advogado de Guedes e respondeu que “seriam tomadas as providências para checar a viabilidade de futura agenda”.
A investigação contra Calheiros tem origem no acordo de colaboração premiada de um ex-executivo da Hypermarcas, atual Hypera Pharma, assinado pela PGR na gestão de Rodrigo Janot. A apuração foi aberta em 2017 e mira a relação do senador com Milton Lyra, apontado pelos investigadores como lobista de integrantes do MDB no Postalis. Guedes foi intimado a depor em 1º de junho como declarante (não investigado).
com informações da Folha de S.Paulo
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