Comprar a casa própria, ter um carro, viajar, cursar universidade e viver dignamente está entre os maiores sonhos de qualquer pessoa. Ascender socialmente é sempre meta de vida. Uma análise dos último 18 anos mostra como a classe C ascendeu e voltou a empobrecer.
Reportagens da Folha de São Paulo mostram isso. A primeira (de 16/12/2007), revelou que cerca de 20 milhões de brasileiros, com mais de 16 anos, migraram para a classe C, vindos das classes D e E. A segunda (de 24/04/2021), confirma o declínio: Entre 2019 e 2021, o Brasil viu 24 milhões de pessoas (11% da população) na pobreza extrema saltar para 35 milhões (16%).
Acontece que ascensão e queda social e econômica depende muito de como anda a economia de um País. E o Brasil atual mostra que está sem um projeto claro de desenvolvimento, situação agravada pela pandemia.
Se a classe C encolhe, o estudo da Folha revela, ainda, que “as classes mais favorecidas começam a estabilizar a renda ou a obter ganhos”, enquanto que “as classes D e E devem amargar nova queda de quase 15% em seus rendimentos neste ano”.
MAIS DESIGUALDADE
Essa combinação trágica resulta em maior desigualdade entre os brasileiros e mais lentidão na recuperação da economia. Isso porque, 65% do PIB brasileiro está vinculado ao consumo das famílias, segundo o IBGE. Mais pobreza e menos salários é menos consumo.
De acordo com a FGV Social, com base nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios Contínua e Covid-19, quase 32 milhões de pessoas deixaram a classe C desde agosto do ano passado. A classe E, com renda domiciliar até R$ 1.205, foi a que mais cresceu: 24,4 milhões de pessoas. Já a classe D (renda entre R$ 1.205 e R$ 1.926) aumentou em 8,9 milhões.
Com informações da Folha de São Paulo
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