Balanço da Fecomércio-BA, com dados do IBGE até o mês de maio, mostra que no 1º semestre o cenário foi favorável para a economia baiana, especialmente para os setores do Comércio, Serviços e Turismo. Os principais setores do estado estão com crescimento forte em relação ao mesmo período do ano passado.
O comércio teve as vendas no estado crescendo 3,2% no primeiro quadrimestre. A maioria dos segmentos está com aumento anual no desempenho. Mesmo com Supermercados estarem apresentando uma variação mais modesta, de 2,5%, o nível histórico é um dos mais elevados e o seu peso para o comércio na região chega a 50%. Além dele, o setor de Farmácias supera em 0,7% o resultado do ano passado, e o setor de Combustíveis e Lubrificantes aponta crescimento de 20,1% no período.
Com maior peso, os serviços com 46% do PIB do estado (excluindo administração pública, educação, saúde e defesa), registraram crescimento de 7,8% no primeiro quadrimestre deste ano. É o maior nível desde 2017. Todos os segmentos analisados na área apontam campo positivo.
Destacou-se o setor de Serviços de Informação e Comunicação (12,6%), seguido de outros serviços que englobam inúmeras atividades heterogêneas (9,1%). Também cresceram Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares (8,4%), Transportes e Serviços Auxiliares (6,8%) e Serviços Prestados às Famílias (6,5%).
O turismo se mostrou o motor de crescimento para o estado. De janeiro a maio cresceu 12%, seu maior nível registrado para o período, desde 2011, quando o IBGE passou a observar os dados do setor.
FATORES
Segundo o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, “o cenário na média geral é favorável e são várias as explicações que levam a esse contexto de crescimento: a saída da pandemia, a economia se desenvolve de maneira sólida e os empresários buscam oportunidades de investimento e de empreender, movimentando mais a região”.
Dietze diz que o emprego também é importante fator de impulso econômico. No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação no estado foi de 14,4%. Está no menor nível para o período desde 2015. E a inflação está desacelerando. “Mais emprego e preços mais acomodados, permite aumento do rendimento médio real dos trabalhadores e da massa de rendimentos, que são os recursos disponíveis para as pessoas.
BAIXAR JUROS
O balanço mostra que inadimplência em Salvador caiu de 44% (final do ano passado) para 31,2%. E que o índice de Intenção de Consumo das Famílias cresceu 22%, registrando a maioria das famílias soteropolitanas otimistas com as suas condições econômicas, relativas ao emprego, renda e consumo.
“Juros elevados têm sido um grande impeditivo para um crescimento mais forte, tanto dos investimentos quanto do consumo. A indicação de redução da taxa SELIC pelo COPOM sinaliza crédito mais barato no segundo semestre. Com um mercado de trabalho aquecido e a inflação para baixo, a redução da SELIC impulsionará ainda mais a atividade econômica. Com o olhar para o segundo semestre, os números e tendência apontam para a continuidade de melhor, com um ritmo ainda mais forte”, afirma.
com informações da Tribuna da Bahia
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