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Comércio e serviços produziram 63% do saldo de emprego na Bahia

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Do saldo de empregos criados em 2022 na Bahia, de 120,4 mil postos de trabalho com carteira assinada, os setores de Comércio e Serviços participaram com 63%, ou 74,4 mil empregos abertos. Dentro do segmento de Serviços, o destaque são as áreas de Saúde e Educação com saldo superior a 15 mil empregos.

Os dados são do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram analisados pela Fecomércio-BA e CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Segundo o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, chama a atenção o saldo positivo de 5,7 mil postos de locação de mão de obra temporária. “O que tem se tornado cada vez mais frequente entre as empresas essa praticidade e desburocratização com serviços terceirizados. Além desses, outro destaque é o grupo de Alimentação e Alojamento com saldo em 2022 de 7,5 mil empregos criados. Parte desse número está certamente ligado ao setor de turismo, um dos principais pilares da economia baiana”, disse.

Apenas o comércio teve um saldo positivo de 17,1 mil, sendo que 11,2 mil vieram do varejo especificamente. No segmento de alimentação, como supermercados, mercados, armazéns e até incluindo bebidas e fumo, o saldo foi de 5,5 mil postos abertos em 2022 no estado, sendo o grande destaque do setor varejista. Outro setor com bons números foi o de Farmácias, Perfumarias e Cosméticos, com saldo de 1,6 mil, muito próximo dos 1,3 mil da área de vestuário, calçados, acessórios e artigos de viagem.

“O resultado do ano deve ser comemorado, pois foram empregos gerados com carteira assinada e que ajudaram – e muito – as famílias a recomporem o seu poder de compra diante de um processo inflacionário intenso como foi no ano passado. Além disso, permitiu, sobretudo com a injeção do 13º salário, o pagamento de dívidas em atraso no final do ano”, esclarece Dietze.

Entretanto, o dado de dezembro (perda de 16,3 mil empregos) liga o alerta, pois mostra uma desaceleração importante quando se compara com períodos semelhantes. “Talvez por conta de um novo governo, as empresas busquem a cautela momentânea, o que pode ser revertido caso a nova equipe dê previsibilidade em pontos importantes como os gastos públicos, o controle inflacionário, a redução de entraves às empresas, redução da carga tributária, entre outros fatores que são decisivos na hora de aportar recursos na criação e ampliação dos negócios com geração de emprego. Portanto, a tendência no início do ano deve continuar com geração aquém do esperado, mas espera-se uma melhora para o 2º trimestre do ano”, comenta Dietze.

com informações da Tribuna da Bahia

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