Quase nove anos depois do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), os quatro acusados serão julgados pela Justiça brasileira, no que pode se tornar o maior parecer da história do país.
Relembrando o caso… Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, durante uma festa universitária na boate, um sinalizador, utilizado pelo vocalista da banda que tocava naquele dia, soltou faíscas, que atingiram o teto do local.
Isso provocou um incêndio na espuma de isolamento acústico, que é exigida pelo Ministério Público, mas que não tinha proteção contra fogo — que, por sua vez, até hoje não é obrigatória por lei.
Mais de mil pessoas estavam na boate, e a capacidade da casa noturna, segundo o Corpo de Bombeiros na época, era de 691 pessoas.
Ao todo, 242 pessoas foram mortas e outras 636 ficaram feridas. O acidente foi considerado a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas em um incêndio.
Como vai funcionar o julgamento?
De um lado, o Ministério Público pedirá a condenação dos dois sócios da boate, do vocalista que utilizou o sinalizador e do produtor musical da banda.
Todos estão respondendo pela morte de 242 pessoas — na modalidade em que, apesar de não ter intenção, se assume o risco de matar — e pela tentativa de homicídio de outras 636.
Por outro lado, a defesa de cada um deles apresenta argumentos variados, incluindo, por exemplo, a omissão dos agentes públicos, que deixaram a boate funcionar normalmente. Veja as teses defensivas no detalhe aqui.
O júri popular, composto por 7 pessoas, que serão sorteadas daqui a pouco, será o responsável por condenar ou absolver os acusados. O julgamento não irá parar aos finais de semana e deve começar sempre às 9h.
Com a informação The News
Compartilhe no WhatsApp
Comments