Com 200 entidades e organizações da sociedade civil, a Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral protocolou, nesta quinta (18), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma notícia-crime contra os empresários apoiadores do presidente Bolsonaro (PL), por defenderem um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) seja eleito LEIA AQUI.
O grupo pede que os empresários Luciano Hang (Havan), Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) sejam incluídos no Inquérito 4.874/DF relatado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O processo apura suposta presença de indícios e provas acerca da existência de organização criminosa com a possível finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito.
A Coalizão solicita, ainda, que sejam requeridos os celulares dos noticiados e dos demais membros do grupo de WhatsApp denominado “Empresários & Política”; a quebra de sigilo telefônico para verificar a autenticidade das mensagens trocadas e se elas coincidem com a participação nos ataques sistematizados, com o uso das redes sociais como instrumento de agressão, de propagação de discurso de ódio e de ruptura ao Estado de Direito e da Democracia; e a investigação sobre a atuação dos denunciados na preparação e financiamento dos atos do próximo dia 7 de setembro.
“No material divulgado há elementos indiciários a demonstrar uma possível organização de empresários, que trama desestabilizar as instituições democráticas, defendendo a necessidade de exclusão dos Poderes Legislativo e Judiciário, atacando seus integrantes, especialmente e pregando a própria desnecessidade de tais instituições estruturais da Democracia brasileira, falando em golpe com todas as letras”, afirma o documento.
Segundo a Coalizão, a postura dos empresários afronta a Lei nº 14.197/2021, que criou os crimes contra o Estado democrático de Direito. “Os fatos descritos demonstram inequivocamente a vontade, livre e consciente dos noticiados de perturbar a eleição de 2022, alimentando de forma sistemática um discurso de descrédito às urnas eletrônicas, às instituições da Justiça Eleitoral, aos ministros que tiveram ou que estão na jurisdição eleitoral no Tribunal Superior Eleitoral. As ameaças de ruptura institucional discutidas por pessoas com grande poder econômico dispostas a patrocinar atentados contra instituições não podem ser relativizadas”, defende.
7 DE SETEMBRO
As entidades enfatizam a gravidade dos fatos porque se trata de um grupo com expressivo e considerável poder econômico e político, com notória proximidade com agentes públicos, especialmente o presidente da República, e com indícios de participação efetiva na preparação de atos do dia 7 de setembro, como revela a mensagem destacada na reportagem publicada no site Metrópoles.
com informações da Carta Capitral
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