Cientistas brasileiros estão usando o avanço tecnológico para criar uma ferramenta que auxilia no diagnóstico precoce do câncer de mama. Trata-se dos algoritmos de Inteligência Artificial (IA), que passaram a ser utilizados por hospitais, unidades de saúde e clínicas.
No ano passado, uma clínica em Salvador passou a utilizar o instrumento para ajudar a diagnosticar de forma mais rápida indícios da doença em pacientes. Segundo a médica radiologista da clínica Image, Elen Freitas, a ferramenta tem um importante papel na redução entre o tratamento do câncer de mama e o diagnóstico.
“A gente utiliza a Inteligência Artificial para detectar e rastrear os casos que são suspeitos de câncer de mama, através de uma verificação dos laudos emitidos. Existe um algoritmo de inteligência que rastreia todos os laudos e identifica aqueles cujo os achados são suspeitos e logo depois disponibilizam isso em uma tabela. Existe uma equipe, um núcleo de assessoria que revisa essa tabela, entra em contato com o médico assistente que solicitou o exame e avisa do achado, dessa possibilidade de ser um câncer e oferece também uma possibilidade do paciente ser encaminhado de maneira mais rápida”, explicou.
Elen Freitas disse, também, que o uso da Inteligência Artificial contribui na redução do tempo entre o exame e o início do tratamento de pacientes que foram diagnosticadas com a enfermidade. “A principal vantagem é que o paciente tem uma redução no tempo inicial entre o exame Inicial e o tratamento. A gente vai conseguir abreviar bastante esse tempo, já que o levantamento já foi realizado. Esse tempo entre o exame inicial e o próprio exame que vai dar o diagnóstico vai ser reduzido mais ou menos em 11 dias, é onze dias mais rápido do que se o paciente tivesse entrado no fluxo normal. Isso representa uma redução de 65% do tempo, um dado objetivo que já fizeram no estudo”, destacou.
MAMOGRAFIA
Procedimento mais importante no tratamento da doença, a mamografia também é analisada pela AI. De acordo com a oncologista Vanessa Dybal, ela auxilia na análise da mamografia feita por pacientes.
“Do ponto de vista em relação à imagem eles analisam a mamografia, que é o grande exame hoje de triagem que a gente tem e que o olho humano ainda é imprescindível, mas os estudos têm caminhado para ter cada vez uma triagem melhor. Acho que a inteligência artificial tem ajudado hoje muito no estudo de dados dos grandes volumes de informações que a gente tem hoje de estudos de proteínas celulares em relação quais são as alterações das células”, afirmou.
com informações do Bahia Notícias
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