Mesmo com os números decrescentes da Covid-19, cientistas do Brasil se preocupam com países da Europa enfrentando uma nova alta nos casos da doença. Isso por conta do avanço de uma das subvariantes da ômicron, a BA.2, mais contagiosa que a cepa original.
O cenário europeu preocupa pesquisadores brasileiros, que temem uma nova alta de casos no país nos próximos dias, em especial após diversas cidades acabarem com a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos. Enquanto aqui amplia a flexibilização, Alemanha e Áustria registraram, na semana passada, número de casos recorde. No Reino Unido, já são duas semanas seguidas de alta de casos. Já na França, na última semana, o total subiu 19,8%. Na Itália, 29,2%.
No Brasil, a BA.2 já foi identificada em pelo menos quatros estados (São Paulo, Rio, Goiás e Santa Catarina), segundo o painel de variantes da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Entretanto, como o Brasil tem sequenciado um número muito reduzido de amostras, a tendência é que o quadro esteja defasado.
Em fevereiro, segundo a Fiocruz, as principais subvariantes da ômicron que circularam no Brasil foram: BA.1 (78.2%), BA.1.1 (21.2%) e BA.2 (0.4%). Segundo a epidemiologista e vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Ligia Kerr, cientistas já sabem que a BA.2 está se espalhando de forma mais rápida que a ômicron. “Isso deve servir de alerta para o Brasil. Para mim, nós seremos a Europa amanhã”, afirma.
com informações do UOL
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