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Cientista baiano cria reator para produzir Hidrogênio Verde de baixo custo

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Foto: Secom-BA / arquivo pessoal

Fonte de energia limpa, o Hidrogênio Verde (H2V) vem ganhando destaque no mercado energético e estimula o avanço de pesquisas, como a conduzida pelo doutor Francislei Santos, do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Salvador. Ele criou um reator fotoeletroquímico em U capaz de produzir H2V de forma mais sustentável, com menor custo e sem uso de membranas, barreira que separa os gases durante a reação e pode gerar resíduos. As descobertas feitas há dez anos auxiliaram no desenvolvimento do equipamento.

Segundo o baiano, em 2015, utilizou uma placa fotovoltaica sobre um eletrolisador com urina de origem humana, enquanto estudava a reutilização de resíduos em estações de tratamento de efluentes. “Para minha surpresa, essa placa quebrou a molécula e liberou o hidrogênio. Isso girou o mundo. Em 2023, revolucionamos novamente, lançando esse reator que elimina o uso da membrana. Até então, se utilizava hidróxido de potássio. Esse hidróxido de potássio é inviável para produção em larga escala porque você gera um contaminante”, explica.

Francislei diz que a tecnologia utiliza luz solar como fonte principal de energia para promover reações químicas que separam a água em hidrogênio e oxigênio. “O reator opera com menor custo, utiliza fontes de energia renováveis, dispensa produtos químicos agressivos e elimina a necessidade de membranas. Além disso, utiliza grafeno de origem vegetal, o que contribui para melhorar o desempenho do sistema. O H2V pode ser uma alternativa ao combustível de aviação tradicional e para veículos elétricos”, destaca.

O protótipo da tecnologia mostrou resultados promissores com relação à produção do hidrogênio e oxigênio verde. A próxima etapa consiste em analisar a pureza dos gases gerados via cromatografia gasosa. Já patenteado, o projeto conta com o apoio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), por meio do Programa de Mentoria em Propriedade Industrial (PMPI), e também integra o Catalisa ICT, iniciativa do Sebrae Nacional que estimula a transformação de conhecimento científico em soluções de alto impacto para a sociedade.

com informações da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação  

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