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Chefe de milícia ficou empregado na FAB por quase dois anos

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Por quase dois anos, entre maio de 2018 e março de 2020, o Comando da Aeronáutica empregou um homem acusado de chefiar uma milícia no Espírito Santo. Gilbert Wagner Antunes Lopes, de 42 anos, o Waguinho, tem várias acusações de crimes hediondos. Além de ter levado, para aquele estado, a Liga da Justiça, grupo paramilitar do Rio de Janeiro. As informações são do portal Metrópoles.

Ele já foi preso e alvo de operações da Polícia Civil devido a homicídios no estado. Hoje, é réu em várias ações penais e chegou a ser condenado, em uma delas, a sete anos de reclusão pela tentativa do assassinato, em 2010, de um “usuário de drogas”. À época, o Ministério Público do Espírito Santo apontou que Waguinho faz parte de uma “verdadeira milícia, […] que a pretexto de promover a segurança, passou a promover verdadeiro extermínio neste município, sempre agindo através da violência armada”.

Na Força Aérea Brasileira (FAB), Waguinho ingressou como terceiro-sargento temporário, em 2018, por meio de um processo seletivo. Em setembro, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil para apurar o ingresso do miliciano. Para entrar, ele teria apresentado declaração e documentação falsas; por isso, foi denunciado pela 3ª Procuradoria de Justiça Militar (PJM), no Rio de Janeiro, pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

O miliciano foi expulso do Comando da Aeronáutica, depois de 1 ano e 10 meses, após conclusão de um processo administrativo. A admissão dele foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que não avalia o histórico do candidato. O processo seletivo, segundo o órgão, atendeu “requisitos específicos e condições previstas na legislação vigente”.

“Imediatamente após a descoberta de envolvimento em ilicitudes no estado do Espírito Santo, foi instaurado um processo administrativo para apurar o caso, resultando em tornar sem efeito a incorporação de Gilbert Wagner Antunes Lopes na FAB”, informou a corporação. Waguinho foi excluído em março do ano passado, por meio de processo administrativo interno na Aeronáutica. O Metrópoles questionou a FAB e a defesa do próprio Wagner sobre quais funções e tarefas eram desempenhadas pelo miliciano nas Forças Armadas, mas nem um nem outro responderam.

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