Aqui no Brasil, Jair Bolsonaro e seus aliados tentaram dar um golpe sob o pretexto de defender a liberdade e a democracia. Um discurso mentiroso para quem é de origem militar. O ex-presidente confirma sua essência ditatorial ao celebrar os resultados das eleições para o Parlamento Europeu. Neste domingo (9) ele foi às redes sociais destacar o avanço da extrema direita fascista.
Entre os eleitos estão os “Não Inscritos” (neonazistas alemães da AfD, expulsos da ID no último mês). O total de cadeiras da extrema direita deve ser de 145, num universo de 720. Ou seja, praticamente 20% do Parlamento Europeu. “Todo o establishment está espumando de ódio e distribuindo suas fakenews para difundir nas redações, estridentes com as pessoas que tanto querem calar”, escreveu, sinalizando o conluio internacional na chamada “guerra de narrativas”.
Seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), compartilhou um tuite de Fabio Wajngarten, em que o advogado do pai elogia pela articulação com os neofacistas europeus. “O Eduardo Bolsonaro é um gigante da política internacional, sacrificando o dia a dia com sua família, viajando sem parar para articular, fazer relacionamentos, fazer política, trazer luz de fora para dentro sobre os acontecimentos recentes do Brasil. Não tenho nenhuma dúvida que com os resultados de hoje na Europa, onde a Direita atropelou, Eduardo ficará ainda mais protagonista nessa atuação”, escreveu Wajngarten no tuite.
VIAGENS À EUROPA
É importante lembrar que, Eduardo tem feito viagens pela Europa e se reunido com figuras extremistas da direita europeia. Em abril, ele esteve no Parlamente Europeu para propagar a narrativa da “ditadura comunista” no Brasil. Na ocasião, se encontrou com Hermann Tertsch, deputado espanhol do ultradireitista Vox e filho do diplomata austríaco Ekkehard Tertsch, que trabalhou com Josef Hans Lazar, considerado o porta-voz de Adolph Hitler durante a Ditadura do “caudillo” Francisco Franco, que durou de 1939 a 1975.
Em maio, Eduardo publicou foto com a deputada Beatrix von Storch, neta do ministro de Finanças de Adolf Hitler, a qual classifica como “excelente deputada” e ainda compara a ascensão nazista com o atual momento histórico do Brasil. “Reuni-me no Bundestag, o Congresso alemão, em Berlin com a excelente Deputada Beatrix von Storch e seu marido Sven. Os tempos estranhos atuais no Brasil lembram o incêndio do Congresso alemão em 1933, que foi a desculpa usada por HtL!€r para perseguir seus opositores”, escreveu o filho 03 de Bolsonaro.
Além de ser neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk, ministro das Finanças de Hitler, Beatrix é uma das lideranças do partido de Alternativa Para a Alemanha (AfD), que possui quadros neonazistas em suas fileiras.
com informações da Revista Fórum
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