Publicado recentemente na revista The Lancet Diabetes and Endocrinology, um estudo encontrou relação entre o consumo de carnes vermelhas e processadas [presunto, bacon e salsichas] com o aumento do risco de desenvolver diabetes tipo 2. Os dados foram coletados em quase 2 milhões de pessoas de 20 países. A pesquisa aponta que uma dieta rica nesses alimentos pode contribuir para o crescimento dos casos da doença no mundo.

Mas, especialistas alertam que é preciso cautela ao interpretar os resultados, evitando alarmismo, pois há limitações importantes que precisam ser consideradas. Embora a associação entre carne processada e diabetes tenha sido identificada, não se pode afirmar com certeza que isso é a causa direta da doença. Fatores como histórico familiar, estilo de vida e outros hábitos alimentares não puderam ser completamente descartados como possíveis influências nos resultados.

Especialistas em nutrição da Associação Britânica de Nutricionistas, ressaltam que a moderação é essencial. Embora o estudo reforce a necessidade de limitar o consumo dessas carnes, os resultados não devem ser interpretados como um chamado para eliminar esses alimentos da dieta. Assim, a recomendação é seguir uma alimentação equilibrada, que leve em conta a ingestão de nutrientes essenciais, como ferro e vitamina B12.

No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde do (NHS) tem orientado as pessoas a reduzirem o consumo diário de carne vermelha e processada para menos de 70g, devido aos riscos associados ao câncer de intestino e, agora, ao diabetes tipo 2. Segundo o NHS, a carne processada é problemática por causa dos métodos utilizados para sua conservação, que incluem defumação e adição de conservantes, fatores que podem aumentar os riscos à saúde.

com informações da BBC Brasil