A recontratação de profissionais cubanos que atuaram pelo Mais Médicos pode ser acelerada após a Câmara Federal aprovou o Requerimento de Urgência 848/2023 ao Projeto de Lei 747/2023, de autoria do deputado Jorge Solla (PT BA). Os médicos vão atender os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei), incluindo o território Yanomami.
“A votação foi apertada, o que significa que não apenas os bolsonaristas assumidos votaram contra, mas também grande parte da oposição. Isso é preocupante. Qual o Brasil que eles querem? O abandono, por exemplo, do povo Yanomami, foi um projeto político de poder de Bolsonaro e dos seus aliados. Para facilitar o garimpo na região e a exploração econômica sem qualquer responsabilidade, cometendo um verdadeiro crime humanitário contra os indígenas”, ponderou Solla.
Deputados de oposição questionaram a fonte de recursos para custear o pagamento dos profissionais, mas Solla reiterou que não haveria problema. “Tentaram criar factoides para desviar o foco e tentar barrar a viabilização de um projeto que faz justiça com cubanos que deixaram o seu país para se dedicar à saúde de brasileiros que vivem em áreas onde poucos querem ir, e permite que indígenas hoje sem nenhuma cobertura de atenção básica tenham o direito ao atendimento de profissionais qualificados”, destacou o deputado.
A retomada do programa federal criado no governo Dilma Rousseff (PT) foi anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a abertura imediata de 15 mil vagas. Muitos cubanos atuaram em cidades afastadas dos grandes centros urbanos ficaram sem atuar desde que o programa foi congelado e sucateado nos últimos anos.
com informações do A Tarde
Compartilhe no WhatsApp
Comments