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Caixa de péssima surpresa: presidente não assina carteira de empregada

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Pense ai: o presidente de um banco como Caixa ganha bem. Provavelmente, sua esposa também deve ter uma boa remuneração. Mas, o presidente do segundo maior banco público do País, Pedro Guimarães, foi processado por não pagar direitos trabalhistas a uma ex-empregada doméstica e fez um acordo para repassar R$ 10 mil à ex-funcionária.

O processo foi movido em 2020, quando Guimarães já presidia a estatal no governo Bolsonaro, e chegou a um acordo em março do ano passado. Em maio daquele ano, Renata Geronimo acionou a Justiça Trabalhista de São Paulo alegando que havia sido contratada no início de 2019 para ser “arrumadeira” pelo casal Pedro e Manuella Guimarães, que não assinou sua carteira de trabalho, atrasou salários e lhe demitiu sem justa causa em fevereiro de 2020.

Ela disse que estava grávida de 12 meses quando foi dispensada, o que seria mais uma violação trabalhista. O trabalho era diário, de 9h às 19h, segundo os advogados da ex-empregada. A defesa de Renata cobrou R$ 56 mil dos ex-patrões, entre vencimentos atrasados e multas trabalhistas. Pedro Guimarães deixou de pagar salários, férias, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros benefícios trabalhistas previstos em lei.

VÍNCULO RECONHECIDO

Em julho de 2020, os Guimarães deram outra versão para o caso: sustentaram que o serviço era apenas “pontual” e pago por dia. “Exatamente o trabalho de uma diarista”, afirmou o documento assinado pelo presidente da Caixa e a mulher, defendendo que, nesse caso, não haveria irregularidades. Pedro e Manuella Guimarães também negaram saber que a então funcionária estivesse grávida na época da demissão.

Renata rebateu as declarações e disse que sempre recebeu por mês, e nunca como como diarista. E que trabalhou, por exemplo, em todos os dias de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, quando foi despedida. Pedro Guimarães e a mulher confirmaram ao juiz o pagamento do acordo e a assinatura da carteira de trabalho da ex-empregada. Procurada, a Caixa não respondeu.

Com informações do Metrópoles

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