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Brasil tem mais de 63 mil pessoas no trabalho similar à escravidão

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Foto: Agência Pública

Último país das Américas a abolir a escravidão, o Brasil ainda convive com absurdos. No Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo, celebrado nesta terça (28), constata-se que há mais de 63 mil pessoas em situação de trabalho análogo à escravidão. Dessas, 57 mil estão na zona rural. Os dados são do Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil.

São Félix do Xingu, no Pará, lidera o ranking de cidades com mais registros: 1.551 casos. Entre eles, 1.331 registros foram em atividades ligadas à criação de bovinos. A informação é do dossiê Os Gigantes, publicado pelo Observatório De Olho nos Ruralistas. Em segundo lugar, a cidade de São Paulo registra 1.430 casos, seguida de Açailândia, no Maranhão, com 904 casos.

Estudo do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e o Observatório das Migrações em São Paulo e do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó, da Universidade Estadual de Campinas (Nepo-Unicamp), mostra que, em 2024, as denúncias de trabalho escravo ou análogo à escravidão totalizaram 3.981 casos. É um aumento de 13% em relação ao ano anterior, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, do Governo Federal.

LISTA SUJA

Uma das principais ações do governo federal para tentar reduzir a realização do crime é a divulgação da “lista suja” do trabalho escravo. Empresas como as Cervejarias Kaiser, do Grupo Heineken, e o cantor Leonardo, fazem parte dela.

Também estão incluídos os nomes de um prefeito e cinco vereadores que assumiram os respectivos cargos em 2025. Eles são o prefeito Marcus Rinco (União), de Alto Paraíso de Goiás (GO); e os vereadores: Fernando Morandi (PSB), de Porto Vitória (PR); Eduardo Lima (PSB), de Beberibe (CE); Fabiano (MDB), de Vera Mendes (PI); Manoel Nascimento (Republicanos), de Amarante (PI); e Gilvan Macedo (Avante), de Ipirá (BA). A informação foi divulgada pelo g1.

Duas vezes ao ano, o governo realiza a lista com os nomes de pessoas físicas e jurídicas que colocaram pessoas em situações de trabalho análogo à escravidão. Esses nomes são adicionados após a conclusão do processo administrativo que julgou o caso, com uma decisão sem a possibilidade de recurso. Nesse caso, o patrão e a empresa estão definitivamente condenados pelo crime e não há mais forma de ser considerado inocente no caso. Cada condenado fica com o nome amostra por dois anos.

com informações da TVT News

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