O Brasil perdeu, neste sábado (17), o maior comunicador da televisão brasileira: Silvio Santos, dono do SBT. O camelô que vendia capa de título de eleitor no Centro do Rio de Janeiro se tornou um dos maiores nomes da TV, especialmente à frente do programa que tinha o seu nome.
O empresário estava internado e morreu aos 93 anos em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1), segundo comunicado do hospital Albert Einstein.
Silvio comandava o seu programa desde 1963, como dono do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, que entrou no ar em 1981. Silvio Santos deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977.
TRAJETÓRIA
Em 1954, Silvio Santos assinou o primeiro contrato como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo. Depois, foi chamado pelo empresário Manuel de Nóbrega para ser animador de seu programa na Rádio Nacional. Ele assumiu em 1958 a empresa Baú da Felicidade, que era antes de Manuel de Nóbrega. No ano seguinte, passou a fazer shows em circos para vender os carnês da empresa. No mesmo ano, no dia 7 de fevereiro, ele estreou seu primeiro programa televisivo, o “Hit Parade”, na TV Paulista.
Em 1962, passou a ser apresentador do “Vamos brincar de forca”, na TV Paulista (canal 5, que no ano seguinte foi comprado pela TV Globo). Em seguida, começou a ser exibido o seu Programa Silvio Santos, na TV Globo. Já em 1965, passou a ser apresentador também na TV Tupi. Os programas tiveram vários nomes: “Festa dos Sinos”, “Sua Majestade: o Ibope”, “Cidade contra Cidade” e “Silvio Santos Diferente”.
No ano de 1975, venceu a concorrência para adquirir o Canal 11, do Rio de Janeiro, e no ano seguinte, inaugurou a TVS. Em 1976, ele saiu da TV Globo. Seu programa passou a ser transmitido nas TVs Tupi e TVS do Rio. Depois, ganhou outras concessões. Em 1981, entrou no ar o SBT, uma das várias empresas do seu grupo, onde o Programa Silvio Santos viraria a principal atração, com quadros inesquecíveis como “Domingo no parque”, “Qual é a música”, “Show de calouros” e “Porta da esperança”.
Uma grande marca e legado que Silvio Santos deixa é a capacidade de segurar o público em um programa de variedades que chegou a durar mais de dez horas, o domínio da plateia e da audiência com bordões como “Vem pra cá, vem pra cá” e “Quem quer dinheiro?”. Tudo isso confirmava o carisma do apresentador.
com informações do g1
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