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Brasil investe R$ 23 bilhões para desenvolver plano de Inteligência Artificial

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A proposta do primeiro Plano Brasileiro de Inteligência Artificial foi entregue ao presidente Lula (PT) nesta terça (30). Entre os objetivos estão equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada com alta capacidade de processamento e desenvolver modelos avançados de linguagem em português, com dados nacionais que abarcam nossas características culturais, sociais e linguísticas.

O investimento é de R$ 23,03 bilhões até 2028 e as medidas visam fortalecer a soberania e promover a liderança global do Brasil em inteligência artificial (IA) por meio do desenvolvimento tecnológico nacional e colaboração internacional. “O Brasil precisa aprender a voar, o Brasil não pode ficar dependendo a vida inteira. Nós somos grandes, nós temos inteligência, o que nós precisamos é ter ousadia de fazer as coisas acontecerem”, disse o presidente na abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília.

Segundo Lula, é a inteligência humana que pode a inteligência artificial. “Nada mais é do que a gente ter capacidade de fazer a coletânea de todos os dados, e nós temos as big techs [grandes empresas de tecnologia] que fazem isso sem pedir licença e sem pagar imposto e ainda cobra dinheiro e fica rica por conta de divulgar coisas que não deveriam ser divulgadas”, ressaltou Lula.

O plano trata do futuro da inteligência artificial e as recomendações de novas políticas ligadas a essa tecnologia, em diversas áreas prioritárias para a população, como saúde, agricultura e meio ambiente. O documento foi aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, após muito debate com mais de 300 pessoas da iniciativa privada, especialistas, órgão de regulação e sociedade civil organizada.

RECURSOS

Segundo o governo, os recurso virão de várias áreas. A principal (R$ 12,72 bilhões), de créditos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Há ainda recursos não-reembolsáveis do FNDCT (R$ 5,57 bilhões); do Orçamento da União (R$ 2,90 bilhões); do setor privado (R$ 1,06 bilhões); empresas estatais (R$ 430 milhões) e outros (R$ 360 milhões).

Para a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o plano é robusto e é viável. “Os investimentos públicos do Brasil se equiparam aos da União Europeia (R$ 16 bilhões entre 2024 e 2027 para setores industriais e sociais). É claro que esses investimentos na União Europeia já vêm de antes, mas nós vamos chegar com força. Cada pessoa ou coisa conectada à internet produz dados, o Brasil tem muitos dados que são cobiçados pelas grandes big techs e nós vamos ter os nossos dados, que haverá de ter uma integração que não há hoje e com nuvem própria, soberana, brasileira, com linguagem brasileira. Soberania, autonomia para poder fazer valer a inteligência do nosso país”, disse.

com informações da Agência Brasil

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